segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Células-tronco são capazes de se auto-organizarem formando cérebros em miniatura.

Há algum tempo já se sabe que as células-tronco pluripotentes* são capazes de dar origem aos diversos tipos celulares existentes no nosso corpo. Em 2012, os pesquisadores Jonh B. Gurdon e Shinya Yamanaka receberam o prêmio Nobel de medicina por descobrirem que uma célula diferenciada poderia ser reprogramada, tornando-se uma célula-tronco. Estas células foram então chamadas células-tronco de pluripotência induzida – iPS. Mas a história não termina por aí, num estudo publicado mês passado na revista Nature, a pesquisadora Madeline Lancaster e seus colaboradores, do Instituto de Biotecnologia Molecular da Academia de Ciência da Áustria, descobriram que as células tronco pluripotentes são mais que apenas uma fonte de diferentes tipos celulares. Agregadas sob condições apropriadas, as células-tronco pluripotentes são capazes de se auto organizarem formando organoides cerebrais, uma espécie de cérebro em miniatura.

Esses organoides cerebrais, ao contrário do que possa parecer, não servirão para substituir partes do sistema nervoso que eventualmente apresentem algum defeito ou lesão. A grande importância destes organoides cerebrais está numa característica especial deles. Durante sua formação eles “imitam” os mecanismos moleculares utilizados durante o desenvolvimento normal do sistema nervoso.

Para ficar claro a importância dessa descoberta, vamos pensar em pacientes com doenças crônicas relacionadas ao sistema nervoso, como o autismo por exemplo. Nós sabemos que o autismo é causado por algum problema que ocorre durante o desenvolvimento do sistema nervoso, mas ninguém sabe exatamente qual é esse problema, nem quando acontece. Não que faltem pesquisas na área, mas simplesmente porque não podemos ficar vasculhando o sistema nervoso de embriões a procura de defeitos, isso é inviável.

O leitor já deve ter imaginado aonde essa história toda vai chegar. Considerando as descobertas dos pesquisadores Jonh B. Gurdon e Shinya Yamanaka, citada no início desse texto, seria possível pegar uma pequena amostra de pele (menor que 1mm) de um paciente autista, isolar as células e reprogramá-las para que se tornem células-tronco – iPS. Em seguida, aplicando o método descrito por Madeline Lancaster, essas células formariam um organoide cerebral. O mais interessante dessa história é que esses organoides seguem os mesmos mecanismos moleculares presentes no embrião. Portanto, os mecanismos moleculares presentes serão os mesmos que orientaram o desenvolvimento do sistema nervoso do paciente autista, agora com a grande vantagem de tudo estar acontecendo numa placa petri no laboratório do pesquisador. Isso poderá permitir que os pesquisadores possam entender as causas não apenas do autismo, mas de um grande número de doenças congênitas graves. Além é claro de melhor compreender o desenvolvimento do nosso sistema nervoso.

As descobertas de Lancaster e seus colaborares são muito importantes, no entanto, não significam a cura imediata para doenças congênitas. Esses organoides cerebrais são apenas uma ferramenta que poderá permitir o estudo mais detalhado dessas doenças.

FONTE : https://cientistasdescobriramque.wordpress.com/2013/09/25/celulas-tronco-sao-capazes-de-se-auto-organizarem-formando-cerebros-em-miniatura/

domingo, 4 de outubro de 2015

Centro de armazenamento de células-tronco vai atender famílias de baixa renda.




No dia 14 de abril de 2015 foi reinaugurado, após ampliação, o laboratório da empresa Cryopraxis, que atua na pesquisa e armazenamento de células do cordão umbilical. Considerado o maior centro de criogenia e armazenamento de amostras biológicas e de manipulação de células da América Latina, o laboratório se localiza no polo de Biotecnologia do Rio de Janeiro (BIO-RIO).Foram investidos cerca de cinco milhões de reais na expansão do laboratório. Anteriomente a empresa possuía a capacidade de armazenar 40.000 unidades de sangue de cordão umbilical, passando a contar agora com a capacidade de 80.000. Além de duplicar a capacidade de processamento e armazenamento de unidades coletadas em todo país, a empresa, em parceria com instituições do Sistema Único de Saúde (SUS), destinará 10% de sua capacidade de armazenamento a famílias de baixa renda com histórico genético de leucemia.
Segundo a Diretora Técnica da Cryopraxis, Janaína Machado, "Se uma criança desenvolver uma leucemia, e houver a necessidade de um transplante de medula óssea, ela faz a requisição desse sangue que já está pronto para ser utilizado. Não há a necessidade de procurar em um banco público, que devido a grande miscigenação, a chance de encontrar um material compatível, é de 1 para 100 mil. Com a célula da própria pessoa, a compatibilidade é de 100%, facilitando e agilizando o tratamento"
O site da Cryopraxis encontrá-se neste link.
A empresa possui também um serviço de telefonia gratuita: 0800 606 777 e páginas nas redes socias:Twiter, Facebook, YouTube e Instagran.
O canal do YouTube possui vídeos de reporatagens da grande mídia relacionadas à empresa e a sua área de atuação.





sábado, 3 de outubro de 2015

As três categorias de células-tronco são:

  • Células-tronco embrionárias -derivadas de blastócitos.
  • Células-tronco adultas - encontradas em tecidos adultos.
  • Células-tronco da medula espinhal.


Rejuvenescimento facial a base de células tronco

Tratamento facial que faz o tempo parar
Ao proteger, energizar e estimular as células-tronco adultas da pele, elas reagem produzindo novas células mais saudáveis e revitalizadas, combatendo as causas do envelhecimento, devolvendo a jovialidade, a vitalidade e a longevidade da pele.
Alguns novos princípios ativos são encontrados neste novo tratamento como: Phycosaccharide Al – ativo derivado de biotecnologia marinha que estimula a capacidade de divisão das células-tronco adultas epidérmicas e reconstrói esta camada da pele, preenchendo e suavizando as rugas; Phycojuvenine – ativo marinho que atua nas células-tronco adultas da derme, protegendo seu DNA mitocondrial e ativando seu metabolismo celular e a síntese de ATP (energia), o que potencializa sua capacidade de proliferação e diferenciação em novas células, inclusive as produtoras de colágeno, com a mesma intensidade de um tecido jovem; Extrato de Myrtus Communis – é um arbusto da região do Mar Mediterrâneo, que tem o poder de limitar o aparecimento dos sinais do envelhecimento , pois aumenta a produção das SIRTs, proteínas responsáveis pela longevidade e vitalidade das células; THPE – ativo de última geração, com ação ultrafirmante por meio do estímulo à contração de células da pele.

Benefícios
· Suavização de rugas: estimula a multiplicação de células mais saudáveis e consequentemente, aumenta a produção de colágeno, promovendo o preenchimento da pele.
· Melhora da luminosidade, hidratação e viço: estimula a energização celular, equilibrando as funções vitais da pele.
· Proporciona maior firmeza à pele, melhorando o tônus e redefinindo o contorno facial.
· Atenua as linhas de expressão e a profundidade das rugas: preenche os sulcos de dentro para fora na região dos olhos.
· Promove efeito lifting e aumento da firmeza: melhora a tonicidade e o aspecto de olhos cansados e pálpebras caídas.
· Melhora da textura e o relevo cutâneo na região dos olhos.
FONTE: http://www.melhoramiga.com.br/2010/03/rejuvenescimento-facial-a-base-de-celulas-tronco/

Polêmicas envolvendo células-tronco embrionárias.

Não é de hoje que ciência e religião se digladiam pelo controle sobre o comportamento e os valores do homem. Não raro na história a moral sepultou inovações e descobertas científicas; não raro a ciência deflorou a vida e os direitos humanos.

Se você se debruçar sobre a questão com o olhar criterioso e investigativo dos que vasculham o inexplicado, recairá em uma discussão quase tão antiga quanto a própria humanidade: quais os riscos, os limites do avanço tecnocientífico? E quais os perigos do ostracismo, da manutenção de princípios conservadores?



Sem dúvida, muitas pessoas argumentam que tal pesquisa é desnecessária porque também podem ser obtidas células-tronco a partir de adultos ou do sangue do cordão umbilical.

De fato, os cientistas podem trabalhar com dois tipos de células-tronco: as embrionárias e as adultas. As primeiras, que só ocorrem no início do desenvolvimento embrionário, são denominadas pluripotentes, pois podem se transformar em qualquer tipo de célula. Com elas se consegue formar de hemácias a células nervosas – essas fundamentais para o possível tratamento de doenças como Alzheimer ou lesões de medula espinhal. Já as células-tronco adultas (e aí se incluem as retiradas do cordão umbilical) só formam alguns tecidos, como músculo, osso ou cartilagem.

São várias as vantagens do uso das células embrionárias sobre as adultas. Pode-se destacar, além da sua pluripotência, a facilidade de seu isolamento – já que constituem a totalidade do embrião – e o maior controle na indução de sua especialização.

Além disso, a grande perspectiva é que, com o aprofundamento dos estudos nessa área, possamos compreender todos os mecanismos que regem a especialização de uma célula-tronco e, no futuro, aplicá-lo em células adultas, dispensando o uso de embriões.

Independente da discussão jurídico-moral, são incontáveis os exemplos de aplicação prática, potencial ou já realizável, desse tipo de célula: a reconstrução de tecidos perdidos por mutilações e acidentes; a regeneração de massa óssea em pessoas portadoras de osteoporose; reposição de tecido necrosado cardíaco após infartos; tratamento de Mal de Parkinson, Alzheimer e lesões neurológicas traumáticas e advindas de derrames; cura para diabetes tipo 1, hemofilia e leucemia; recuperação de tecido renal em pacientes com necessidade de transplante de rim; produção de tecido hepático para doentes com cirrose ou hepatite...

Entretanto, o desenvolvimento de todas essas perspectivas está seriamente ameaçado no nosso país devido ao atraso com as pesquisas de células-tronco embrionárias. Será que teremos, no futuro, que pagar royalties enormes para importar uma tecnologia que podia ter sido desenvolvida por nós?

E as famílias, que por não possuírem recursos para viabilizar tratamentos no exterior, terão que assistir, impotentes, ao avanço de doenças em seus entes queridos? O Brasil dispõe do principal para o desenvolvimento de qualquer tecnologia nova: cientistas especializados e capacitados.




Dr. Júlio Cesar Voltarelli - pioneiro em pesquisas com células-tronco no Brasil


O Dr. Júlio Cesar Voltarelli (1948-2012), professor e cientista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Campus de Ribeirão Preto) - FMRP, foi o primeiro cientista brasileiro a testar células-tronco para o tratamento de diabetes. Ele era considerado uma figura controversa no meio acadêmico por testar idéias que ainda pouco aceitas na comunidade científica.

Graduado em medicina e com experiência nas áreas de imunologia clínica, hematologia e hemoterapia, o Dr. Voltarelli teve suas pesquisas publicadas em periódicos internacionais e escreveu o primeiro tratado brasileiro completo - com quase 1,3 mil páginas - sobre transplante de células-tronco hematopoiéticas (aquelas que têm potencial para formação de sangue).

Entre as diversas conquistas científicas, o Dr. Voltarelli e seu grupo na FMRP-USP criaram a técnica de tratamento conhecida hoje como "reset imunológico", aplicada a diabetes tipo 1 - da qual já falamos aqui no blog e conseguiram reverter déficits neurológicos em estágios iniciais em pacientes com esclerose múltipla a partir de transplante autólogo de células-tronco.


Incansável estudioso, Voltarelli graduou-se em Medicina; fez mestrado e doutorado em Hematologia/Imunologia (todos pela USP); pós-doutorou-se pela Universidade da Califórnia, pelo Fred Hutchinson Cancer Research Center e pelo Scripps Research Institute, nos EUA. E ainda foi professor titular do Departamento de Clínica Médica da FMRP-USP e pesquisador do Centro de Terapia Celular (CEPID-FAPESP) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Células-Tronco e Terapia Celular (CNPq).


O Brasil perdeu um importante cientista em 21 de abril de 2012. O Dr. Voltarelli faleceu aos 63 anos, em consequência de complicações de um transplante de fígado e, na ocasião, o prefeito de Ribeirão Preto decretou luto oficial de três dias em sua homenagem. Também como reconhecimento pelo seu pioneirismo e importância dentro do cenário científico brasileiro, o Grupo de Apoio ao Transplantado de Medula Óssea - GATMO, em 27 de setembro de 2013, decidiu por unanimidade prestar uma homenagem à Voltarelli e, dentre as atividades de aniversário do seu 21º ano de existência, a casa de apoio (GATMO) passou a se chamar "Casa de Apoio Dr. Júlio Cesar Voltarelli".



Tratamento de ELA - Esclerose Lateral Amiotófica - com o uso de células-tronco



Células-tronco retiradas da gordura da barriga do paciente foram a esperança de vida para o Sr. Henrique, paciente de esclerose lateral amiotrófica,que, aos 68 anos, quase não se movimentava e tinha dificuldade para falar e comer.

Depois do transplante, a esclerose chegou até a regredir.


A esclerose lateral amiotrófica é uma doença auto-imune que ataca o sistema nervoso central. Os neurônios que controlam os movimentos dos músculos vão se degenerando progressivamente até levar à morte do paciente.


A nova alternativa de tratamento ainda está em fase de pesquisa e, por enquanto, este procedimento ainda não poderá ser aplicado em outras pessoas, mas esta iniciativa abre uma perspectiva de esperança para as pessoas que sofrem com esta doença.